O
MEC (Ministério da Educação) divulgou nesta segunda-feira (28) a lista
de selecionados em segunda chamada do Sisu (Sistema de Seleção
Unificada) 2013, que seleciona candidatos a vagas em instituições
públicas de ensino superior por meio da nota do Enem (Exame Nacional do
Ensino Médio).
Após a segunda chamada, as vagas remanescentes ficarão disponíveis em uma lista de espera, para a qual o estudante deverá pedir adesão no site do Sisu entre 28 de janeiro e 8 de fevereiro. O candidato só pode manifestar interesse na lista de espera para a vaga escolhida como primeira opção. Isso vale mesmo para estudantes que já tenham efetuado matrícula no segundo curso escolhido.
Após a segunda chamada, as vagas remanescentes ficarão disponíveis em uma lista de espera, para a qual o estudante deverá pedir adesão no site do Sisu entre 28 de janeiro e 8 de fevereiro. O candidato só pode manifestar interesse na lista de espera para a vaga escolhida como primeira opção. Isso vale mesmo para estudantes que já tenham efetuado matrícula no segundo curso escolhido.
Batalha de liminares
A divulgação dos resultados do Sisu só
foi possível após o MEC enfrentar uma nova batalha judicial com
estudantes insatisfeitos com a nota recebida pela redação do Enem, e
também com procuradores que questionaram o fato de o Inep (Instituto
Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) só pretender liberar
vistas dos textos no dia 6 de fevereiro, quase um mês depois do Sisu, e
sem permitir a interposição de recursos.
Duas liminares concedidas a estudantes
gaúchos por um juiz federal de Bagé (RS) na quarta-feira (9) chegaram a
suspender o fim do prazo de inscrições e a divulgação dos resultados do
Sisu. No entanto, enquanto o MEC recorria das decisões, o sistema foi
mantido no ar e os prazos confirmados.
Após os recursos impetrados pela AGU
(Advocacia-Geral da União), as duas liminares foram derrubadas – uma
delas apenas parcialmente, já que o juiz federal João Pedro Gebran Neto,
do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) manteve a
determinação de que a estudante Thanisa Ferraz de Borba tenha acesso
antecipado à sua redação corrigida e possa recorrer da nota.
Na semana anterior, o MEC teve que
enfrentar outra liminar, daquela vez concedida pela Justiça Federal do
Ceará, determinando a liberação das redações corrigidas a todos os
estudantes que prestaram o Enem no país. A ação foi movida pelo
procurador Oscar Costa Filho, que já havia questionado a organização do
exame em anos anteriores.
A liminar também acabou derrubada, assim
como outras dezenas de ações individuais ajuizadas após uma mobilização
na internet ter culminado em documento assinado por mais de 10 mil
estudantes de todo Brasil, com a queixa de que as notas atribuídas não
obedeceram aos critérios de correção expostos no edital.
Para recorrer das liminares, O MEC
fundamentou-se em um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) celebrado
pela Subprocuradoria Geral da República, pela União e pelo Inep, através
do qual foi resolvido que a partir de 2012 a exibição das provas e dos
espelhos seria liberada, mas com um caráter “meramente pedagógico”.
Histórico
Essa não é a primeira vez que as provas
de redação do Enem causam polêmica. Em 2010 e 2011, o MEC enfrentou
diversos processos judiciais que pediam a revisão dos textos e a
possibilidade de recursos.
Com a assinatura do TAC, o MEC se
comprometeu a liberar a vista dos textos pelos candidatos, mas não a
permitir recursos, possibilidade que, de fato, não foi incluída no
edital do Enem 2012.
Com os novos procedimentos de avaliação,
cerca de 20% (826.798) das redações do Enem 2012 foram corrigidas por
um terceiro avaliador, por causa da discrepância entre as notas
atribuídas pelos dois corretores originais. Outros 100.087 textos
tiveram que ser submetidos a uma banca examinadora, porque se manteve a
diferença de mais de 200 pontos entre as notas dos três avaliadores.
Ainda segundo o Inep, os corretores de
redação que atuaram no Enem passaram por dois meses de treinamento sobre
as competências que deveriam ser exigidas nos textos e mais duas
semanas para se capacitarem sobre o tema do teste – O Movimento
Imigratório para o Brasil no Século 21. Segundo o instituto, os
examinadores foram submetidos a pré-teste de avaliação da capacidade de
correção de acordo com o padrão estabelecido pela banca examinadora.
(UOL)
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